
Doses de absinto
Estou cheio de nada
estou cheio do nada que nunca se completa
estou vazio desse todo que me preenche
estou querendo o querer do que não me quer
estou flertando com a dor
que é tudo que me resta quando fecho a porta
doses de absinto rolam goela a baixo
doses de loucura em meu corpo trancado
Quem nunca sentiu a dor de um vagabundo
que é traído pela sorte, esquecido pela vida
acariciado pela suas feridas que são lambidas,
pois é sua amarga e única companheira,
a cúmplice fiel...
Mas não me julgue mal
são só letras que os cegos vão julgar desnecessárias
por que a “perfeição” é sua aliada
em seus castelos de areia
todos tem castelos de areia
Antes mesmo de respirar me jogam uma pedra
Antes mesmo de sair ponho a mascara,
A mascara do “tudo bem”
A hipocrisia é vomitada pelos becos
Dessa cidade quente mas fria
Só me restam
doses de absinto que rolam goela abaixo
doses de loucura em meu corpo trancado
Edy Petaccia
4 comentários:
muito bom. perfeito.
"Castelos de areia, cabelos castanhos, estranhos sinais, eu trago comigo os estragos da noite..." esse seu texto me fez lembrar dessa canção do Humebrto Gessinger...só que de forma dissecada, bem profundo. Vc vai longe garoto! gostei de ver!!!^^
assinando em baixo do coment de drika, bem profundo!!
ah e eu te achei em um e-mail que ela me mandou ^^
bj
E quem nunca bebeu dose amargas de vida e usou a mascara do tudo bem...
Profundo.
Parabéns.
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